O retrofit para o edifício de mais de 40 anos demandou um esforço enorme de engenharia e novas tecnologias para que o “novo” SESC Avenida Paulista não parasse nunca e pudesse receber as certificações LEED* e PROCEL**. São Paulo, junho de 2018. Coube ao Grupo MH a responsabilidade de planejar a estabilidade de todos os sistemas elétricos e a dependência do fornecimento de energia da concessionária fosse contínuo e de qualidade, mitigando qualquer problema, afinal, é um Centro Cultural focado em vídeo artes e tecnologias. “Nesse sentido a Mendes Holler projetou, forneceu e instalou chaves de transferência para todos os “no breaks” da rede de energia estabilizada, que garantem a alimentação e funcionamento de todos os computadores e equipamentos. Em situações de falha de algum dos potentes “no breaks”, uma manobra na chave transfere a energia proveniente da concessionária fazendo um “by pass” no que está em defeito, garantindo a alimentação e conseqüente funcionamento de todos equipamentos eletrônicos”, afirma Rafael Montero, Engenheiro Eletricista do Grupo MH. “Prazos, custos, desenvolvimento de novas tecnologias, economia sem querer ganhar nenhuma vantagem sobre isso. Só o Grupo MH entrega ao SESC essas demandas”, afirma Marcelo Fanchini, Gerente Adjunto de Engenharia – SESC SP.
Outra preocupação é com o uso racional da água e da energia elétrica, uma demanda básica de qualquer unidade SESC. Com experiência de mais de 25 anos, construindo, planejando e dando manutenção aos SESCs, a Mendes Holler desenvolveu um sistema automatizado que controla a temperatura dos chuveiros em função da temperatura ambiente dos vestiários, trazendo conforto para os usuários. “O sistema utiliza coletores solares no topo do prédio como fonte principal de aquecimento de água, com apoio elétrico, válvulas de três vias, aquecedores para ajustes finos, blocos tiristorizados e controladores de temperaturas digitais. Em períodos com boa insolação, o sistema fornece água que varia de 38ºC e 42ºC, consumindo o mínimo para ajustes de temperatura. No sistema SESC uma resistência de 10.000w consegue ajustar a temperatura da água para 8 chuveiros, em comparação com uma residência, um simples chuveiro consome 7.800w”, conclui Ricardo Rezende, Engenheiro e Diretor Comercial do Grupo MH.
Foto: Divulgação Coletores Solares para aquecimento de água.
Um grande desafio conquistado pela Mendes Holler no projeto da Avenida Paulista, foi a compatibilização de todas as infraestruturas dos diversos sistemas que estavam no escopo e o conforto estético, já que são aparentes, uma vez que os ambientes não possuem forro. Como se tratou de um retrofit, em um prédio de 40 anos de idade, o pé direito dos 17 pavimentos são baixos e foram disponibilizadas apenas algumas poucas passagens abertas nas vigas existentes, por onde passaram inúmeras tubulações dos sistemas, tais como: cabos alimentadores, automação, iluminação, sistema de detecção e alarme de incêndio, CFTV, áudio, vídeo, multimídia, cabeamento estruturado, controle de acesso, entre outros. Essa solução é ideal para manutenções rápidas e fáceis como um Centro Cultural dessa envergadura necessita. “A Mendes Holler entendeu que o SESC precisa ter baixo custo operacional, e isso nem sempre é entendido pelo mercado”, diz Amilcar João, Gerente de Engenharia – SESC SP.
Sobre Certificações
* LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) é uma certificação para construções sustentáveis, concebida e concedida pela Organização não governamental - ONG americana U.S. Green Building Council (USGBC), de acordo com os critérios de racionalização de recursos como energia, água, etc.
** Procel, para obter o Selo Procel Edificações, recomenda-se que a edificação seja concebida de forma eficiente desde a etapa de projeto, ocasião em que é possível obter melhores resultados com menores investimentos, podendo chegar a 50% de economia. A metodologia de avaliação da conformidade está descrita no Regulamento para Concessão do Selo Procel de Economia de Energia para Edificações, bem como nos Critérios Técnicos específicos e baseiam-se no Regulamento Técnico da Qualidade para o Nível de Eficiência Energética em Edifícios Comerciais, de Serviços e Públicos (RTQ-C) e no Regulamento Técnico da Qualidade para o Nível de Eficiência Energética em Edificações Residenciais (RTQ-R) do Programa Brasileiro de Edificações – PBE Edifica.
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